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Posts Tagged ‘Aniversário’

karol

Karolina era menina da pá virada. Sei disso porque ouço suas histórias do tempo de criança.  Não que ela seja totalmente adulta nos dias de hoje, verdade seja dita. Basta ela soltar uma risada para que a gente se esqueça de que hoje Karol tem mais de 20 anos. É que sua gargalhada tem o poder de chamar a Karol de anos atrás, a criadora de peraltices inesquecíveis. E são essas traquinagens que precisam ser eternizadas em palavras, para que nunca corram o risco de se perderem no tempo – ou na memória.

Era o aniversário da Karol, mas seu pai já tinha lhe explicado que naquele ano não haveria  festa. “Eu sei, Karol, todo ano comemoramos seu aniversário, mas é que agora não vai dar” – o pai contou à filha emburrada. Eram questões financeiras, apertos que toda família brasileira conhece de trás para frente, de cor e salteado, mas pelo jeito Karol não era família brasileira, ela era criança. E criança não compreendia muito bem essas coisas.

Naquele dia, o dia do aniversário, a mãe de Karol a buscou na escola. Mas o que a mãe da Karol não imaginava era que, ao buscar sua filha, ouviria de diversas mães de coleguinhas frases similares a essa aqui, ó:

– Estaremos lá, viu? 5 horas! Fazemos questão de cantar parabéns!

“O que é isso, Karol?” – a mãe perguntou com os olhos arregalados, o queixo caído e com uma gotinha fria de suor escorrendo pela testa.

“Meu aniversário, mãe!”

Pois a Karol não só ignorou a decisão do seu pai, como escolheu o dia, o horário e o TEMA da festa.

“Cinderela?????” – perguntou a mãe, horrorizada, enquanto a filha abria um sorrisão de fora a fora, digno da mais princesa das princesas.

E Karol teve sua festa. Não teve doce porque não deu tempo, mas teve CENÁRIO (não acreditei quando ouvi isso, santa mãe de Karol!). E teve VESTIDO DE CINDERELA! E teve salgadinho de padaria, bolo, presentes… Teve até fila de sapatinhos no corredor, enquanto a criançada, enlouquecida, corria pela casa descalça, só pensando em se divertir.

Naquele dia, Karol teve sua melhor festa de aniversário. E mesmo sem príncipe, nem nada, ela foi feliz para sempre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BRIGADEIRO

Hoje foi um dia especial, dia de batizado do Luan, filho de minha prima Nádia. Menino lindo, irmão mais novo do Mateus. Dois príncipes.

O cenário foi a capela do Condomínio Retiro das Pedras. Para quem não conhece, que pena. O local é um dos mais bonitos que já vi e que tenho em minha memória. Atrás do altar, uma parede completa de vidro, revelando o mar de montanhas das minhas Minas Gerais. É, mineiro acha que Minas é dele, que nem os filhos são nossos até que aprendam a voar.

Na festa do Luan havia um espaço para os bebês, aqueles que ainda não soltam as frases engraçadas para o Palavra de Criança. Claro que todas essas frases estão ali dentro deles, incubadinhas, só esperando alguns meses para começar a ser libertadas, pouco a pouco. Ah, as gargalhadas que elas trazem… O que seria de nós, adultos, se não fossem as nossas crianças.

Do outro lado, um espaço kids, da meninada que já produz as “pérolas” encantadas que tanto amo receber. Garotos de 5, 6, meninas de 4… Entre uma piscina de bolinha e uma cama elástica, muita energia pra gastar.

Nessa festa não pude escutar as frases engraçadas da criançada, já que estava ali, entre os tios e primos, matando saudades da família. Mas no finalzinho dela, quem diria, quem virou criança fui eu – eu e meu padrinho, na verdade – que sorrateiramente roubamos docinhos antes do parabéns, arrumando estratégias para não sermos vistos, escondendo as delícias dentro do guardanapo.

Pensando bem, a pérola de hoje foi do meu padrinho Marcilo, que já é avô, quem diria:

– Tio… Não vai ficar feio a gente fazer isso não? – perguntei.

– Uma vez é aceitável, uma segunda vez ainda dá pra levar, mas na terceira já começa a ficar horroroso… – ele respondeu, rindo baixinho, aquela risada que só quem conhece o Tio Marcilo vai saber do que estou falando. É tipo um huuuuuum… hu hu hu hu hu

E roubamos três vezes. Só pra ficar horroroso. E saímos de alma leve e feliz =)

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dobraduras-de-animais12

Para quem não sabe, a ideia do Palavra de Criança surgiu de um caderninho onde eu anotava as frases engraçadinhas que a Júlia, minha filha, disparou a falar ao longo de seus primeiros anos de vida.

Eram “pérolas” tão únicas e impagáveis que senti que precisava registrá-las para a posteridade. Sabia que se eu não as anotasse, elas se perderiam no tempo, e eram demasiadamente preciosas para que eu deixasse que isso acontecesse. Por isso, surgiu o caderno. Posteriormente, o blog. E depois, o livro “Palavra de Criança”, lançado pela Editora Matrix, de S.P. Nele, fiz questão de deixar um espaço para que o leitor pudesse anotar as tiradas cômicas e inesquecíveis de sua(s) criança(s) preferida(s). Meu sonho era proporcionar uma coleção de registros de sentenças ditas pelos seres mais puros existentes nesse planeta.

Quem diria, o tempo passou. Achei que passasse só para os outros, mas o danado passou para mim também.

Júlia fez 17 anos nesse dia 4 de março. E em um determinado momento da festa, o meu padrinho, que adora fazer bichinhos de origamis para a meninada, chamou por mim disfarçadamente e perguntou: onde estão as crianças?

As crianças cresceram, padrinho. Elas são parte do que essa “meninada” é agora. Parte ativa da personalidade deles, essência da alma, raiz do que se tornaram…

Que venham muitos anos, Jujubinha! Saiba que suas palavras de criança são eternas, assim como meu amor por você 😉

 

 

 

 

 

 

 

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ImagemMeus queridos leitores… Ontem foi meu aniversário e tenho que compartilhar o cartãozinho que ganhei da Juju, minha filha!

Amei ganhar meus 39 anos e, junto, o título de dona de idade avançada… Hehehe….

Aproveito pra agradecer os parabéns carinhosos que ganhei pelo dia de ontem!

Beijos a todos!

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Há mais ou menos 10 anos e 8 meses, nascia o Palavra de Criança.
Nessa época ele não era um blog, mas um caderno onde eu, pacientemente, anotava meu dia-a-dia de gravidez.
Quando Juju começou a crescer, as pérolas foram nascendo. “Tiradas” fofas, engraçadas, que me faziam rir, e às vezes pensar… Criança tem mesmo cada uma!

Depois veio o blog, para compartilhar não só as pérolas da Juju, mas de outras crianças que conheço pessoalmente ou virtualmente. E assim, o Palavra de Criança foi ganhando recheio e ficando cada vez mais gostoso.

Mas gostoso mesmo é ser criança! Por isso, Juju, nesse seu aniversário de 10 anos, o que peço para você é saúde e disposição, para levar a vida sem perder essa criança linda que está dentro de você.

Te amo!!!!!!!!!!!!
Sua mamãe

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Aniversário da Bruna (15 anos). Em meio aos presentes, trouxe para casa duas “pérolas”. Uma delas é da Paula, sua irmã caçula, de 4 anos, e a outra da Laura, minha sobrinha (velha conhecida dos leitores desse blog). A Laura tem 8 anos.

Estava eu sentada com a Paulinha no colo, observando suas duas primas gêmeas idênticas, também de 4 anos, chamadas Júlia e Luiza.

-Meus Deus… – eu comento – É impossível saber quem é uma, quem é a outra.
-Eu sei! – grita Paula – Eu sei certinho quem é a Luiza e quem é a Júlia.
-E como você sabe? – questiono, curiosa.
Paula olha pra mim, dá um sorrisinho cínico, daqueles de canto de boca, e diz:
-Eu nasci sabendo!!!!!

Lá para o final da festa, vejo Laura desesperada coçando as pernas. E coça, e coça, e coça…
-O que é isso, Laurinha? – eu pergunto – Por que você está coçando desse jeito? É alergia?
-Não, tia! É minha sinusite que passou pra cá!

Depois dessa, só me restou ir pra casa…

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Ontem fui à festa de aniversário de meu cunhado e meu sobrinho. Pai e filho fazem aniversário no mesmo dia, algo no mínimo curioso!
Na hora de apagar as velas, haja fôlego!!! Sopra, apaga, lá vem a chama de novo… Sopra de novo, apaga de novo e… pumba! Acendeu… E essa novela durou um tempão, até que Marina (7) perdeu a paciência e gritou:
-ALGUÉM AÍ DESLIGA ESSA VELA!!!

—x—

Final de semana é, muitas vezes, o tempo que temos para dar um jeitinho na casa. Ao arrumar minhas revistas, deparei-me com uma pequenina publicação da revista Cláudia, que ganhei de minha cunhada exatamente por estar colecionando frases dos pequerruchos… A publicação se chama Papo de Mãe, e é uma mini-revista (mini mesmo), porém com algumas frases muito engraçadas que vou dividir com vocês:

A primeira foi enviada por Beatriz, mãe de Caio (2 anos):
Caio estava ao meu lado enquanto eu dava banho na irmã dele, recém-nascida. Surpreso, me perguntou:
-Ela não tem pinto, mãe?
Eu respondi:
-Não filho, ela é menina…
Antes que pudesse explicar mais alguma coisa, ele acariciou meu rosto e disse:
-Fica triste não, mãe, depois cresce, né?

Essa agora quem mandou foi Izabel, mãe de Camila, 4 anos:
A Camila queria ir logo para a casa da amiguinha e eu sugeri que antes tomasse pelo menos um copo de leite. Ela disse que preferia esperar e justificou: “Lá, o leite é muito mais verdura”.

Falando em leite, a última de hoje, ainda da publicação da Revista Cláudia, é uma frase enviada por Cristina, mãe de Tiago, 8, e Sandra, 4.
Minha caçulinha perguntou:
-Por que a barriga da mulher murcha depois que ela tem nenê?
Eu abri a boca para explicar, mas meu filho maior se adiantou:
-É porque o bebê vai bebendo o leite…

🙂

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