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20mm Olive Green Pearl Bubblegum Beads

Sirius é filho de Lidiane. Lidiane acompanha o meu blog desde seu nascimento. Não o nascimento de Sirius, seu filho… Lidiane me acompanha desde o nascimento do meu blog, há quase 10 anos!

Com a Lidiane eu continuei a ter contato pelas redes sociais. Já este blog Palavra de Criança ficou largadinho em um cantinho escuro do meu quarto virtual desde maio do ano passado, mês do meu último post. Quem diria, mais de um ano sem escrever por aqui.

Pois dessa vez foi o Sirius, o “azeitona” (é assim que sua mãe o chamava quando ainda estava em sua barriga), resolveu reinaugurar meu blog com suas pérolas, e eu me assustei. De uma minúscula “azeitona” hoje Sírius é um menino lindo, ativo, esperto, e que já fala pérolas que podem ser anotadas por sua mãe.

O tempo passa. Falei disso no meu blog “Viajar Vicia” hoje. E de novo por aqui. Mas hoje tem pérolas de um azeitoninha sabido. Então vamos lá:

Outro dia Sirius estava com prisão de ventre e sua mãe disse a ele:

  • Filho, vou fazer um mingau de aveia para você.

E Sirius,  rebateu, com a carinha mais brava desse mundo:

  • Não quero MIAU, quero CACHORRO!

E outro dia, ainda sobre comida, lá vai a mãe oferecer:

  • Sirius, vamos papá?

E o filho rebateu:

  • Não é papá, é AL-MO-ÇO!

E pensar que as pérolas estão só no início… =D

50 Olive Green Pearl Bead Freshwater Pearl Potato Pearl image 0

 

 

Essa Betina!

Betina

Betina conversava com sua mãe, que tinha uma tremenda novidade. A novidade era uma fofa filhotinha Yorkshire, a Lua, que logo passaria a morar em casa com elas. Sim, uma nova integrante da família, uma cachorrinha verdadeiramente apaixonante!

– Filha… – disse a mãe de Betina, que a olhava atentamente – Você quer que a Lua seja a sua irmã, e eu a mãe das duas?

– Hum…

– Ou você quer… – continuou a mãe – Que a Lua seja a sua filhinha, e eu, a avó?

Pois Betina olhou com seus sinceros olhinhos de criança e respondeu sem pensar:

– Não dá para ela ser só a cachorra, não?

; )

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Que delícia era o mês de junho para a nossa Karol. Pula fogueira, balão de São João, pé de moleque para a moleca… Ninguém segurava Karol no sexto mês do ano. Aliás, como você bem sabe, pois certamente já leu meus posts anteriores, ninguém conseguia segurar a menina em mês nenhum! Mas junho era o mais animado, e Karol ficava ainda mais danada, se é que isso é possível.

– Sua filha está andando em cima do muro.

– Como é??? – perguntou a mãe da Karol, do outro lado do telefone, assustada com aquela mensagem da vizinha que a interrompia em pleno dia de trabalho.

– Está lá, desfilando em cima do muro com o vestido da festa junina.

– Vai cair!!!!

– Foi o que eu falei, mas a menina não me ouve não. Se bobear, já caiu.

E lá ia a mãe de Karol largar o trabalho para dar um jeito na filha, apelando para São Pedro para que aquele mês acabasse rápido.

Mas nem São Pedro, nem Santo Antônio, nem mesmo São João davam jeito na garota, ainda mais com a competição de quadrilhas que marcava a temporada. Karol ia toda linda, de vestido armado, parecendo um abajour. Naquele ano, ela seria a noivinha, e seu vestido branco lembrava um algodão doce repolhudo. Mas onde é que estava o algodão doce na hora da quadrilha começar?

– Ninguém sabe, ninguém viu.

Foi assim que responderam para a aflita mãe da Karol. Só que antes mesmo dela continuar a procurar por sua filha, seu coração gelou. É que lá na frente, do outro lado da rua, ela viu um ponto branco, um branco gordinho que nem um abajour, no meio da copa da árvore, que balançou, balançou…

– VAI CAIR!

E caiu. Caiu que nem manga madura em pleno mês de junho. Caiu porque ninguém segurava a Karol, e isso não é novidade para você. A novidade é que nada de grave aconteceu, e ela seguiu dançando, de vestido sujo, mãos e joelhos ralados, mas muito, muito, feliz.

 

karol_3Seu mundo de brincadeiras era um sem-fim de bonecas e animaizinhos. Desde que se entendia por gente, Karol era apaixonada por bichinhos. Mas como você já conhece a Karol, e sabe que esse post é o terceiro que ilustra suas peripécias, essa paixão obviamente renderá histórias engraçadas e traquinagens inesquecíveis. E você está certo, por isso incentivo a continuação da leitura =)

Boa! Já que você ainda está por aqui, vou contar o primeiro caso da nossa Karol com seus animaizinhos. Certo dia um passarinho entrou pela janela da sua casa, e claro que Karol correu para pegar aquele bichinho lindo que escolheu o seu quarto para pousar. Ele era muito fofo, o passarinho. E doentinho. Mas isso não importava. A Karol o amava, amava tanto, tanto, tanto, que mesmo depois do bichinho morrer (sim, ele morreu…) ela não quis se desfazer dele.

Só que o quartinho da Karol começou a cheirar mal. E a mãe da Karol começou a ficar preocupada. Aliás, preocupada, não. Começou  a ficar meio doidinha. Quem é mãe entende o que é ficar doidinha. Aliás, quem é filho também entende o que é doideira de mãe.

– Que cheiro é esse, minha filha? Pelo amor de Sagrado Cristo!

– Sei não, mãe.

Alguns dias se passaram, e o cheiro piorava. Mas Karol amava o bichinho. Amava tanto, tanto, que não queria se desfazer dele, como você já sabe. Mas sua mãe não sossegou, a doideira dela não a deixaria sossegar. Isso fez com que a mãe da Karol revirasse o quarto da filha. E tanto revirou, revirou, que ali estava ele…

Na casinha da Barbie.

Na caminha da Barbie.

Tinha até lençolzinho por cima.

E a mãe brigou, brigou. E Karol chorou, chorou.

Ah, Karol, a eterna amiga dos bichinhos…

Mas a história não pára por aí. Ainda tem uma segunda parte, pois você já sabe que Karol não é uma menina de uma peripécia só.

Na sua infância, tinha um moço que passava pela rua do bairro gritando que trocava ferro por pintinhos. Um dia, quando os pais da Karol chegaram em casa, encontraram um pintinho passeando pela sala.

– O que é isso, Karol?

– O moço deu.

– Deu como, Karol?

– Deu… Dando, ué!

Mas no dia seguinte, seus pais notaram a falta de uma das cadeiras da casa.

E no outro dia, mais uma cadeira.

Duas cadeiras, dois pintinhos, dois castigos…

E assim seguia a vida da nossa Karol!

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Para quem não conhece a Karol, aconselho dar uma lida no meu último post. Karol é daquelas meninas que vale a pena conhecer, hoje moça grande com alma de criança pequena. Dou boas risadas com a Karol =D

A peripécia 2 da Karol também aconteceu no aniversário dela, que nem meu primeiro post sobre essa menina travessa. A casa da Karol estava sendo pintada, e lá no último andar estava um balde de tinta laranja. Mesmo que você não conheça bem a Karol, imagino que você já saiba o que pode ter acontecido, certo? Corretíssimo, pois foi bem isso:

O balde? Karol derrubou.

A tinta? Entornou.

Mas é claro que a história não terminou!

Karol é inteligente, e a tinta ela lavou…

Pense você na combinação de água e tinta. Aliás, MUITA água e MUITA tinta, uma mistura poderosa que foi descendo que nem uma cachoeira laranja (plict, ploct) pela escada abaixo.

Plict…

Ploct…

Plict…

Ploct….

KAROOOOOOOOOOOL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Esse foi o grito do seu pai que chegava do trabalho cansado, com o presente da filha na mão. Teve castigo, mas não teve palmada, só por conta do dia que era especial.

E até hoje a casa se lembra da cachoeira laranja que fazia plict ploct pela escada… Basta visitar a casa da Karol e procurar as manchas sobreviventes pelo piso. Elas fazem aniversário junto com a nossa menina levada.

 

karol

Karolina era menina da pá virada. Sei disso porque ouço suas histórias do tempo de criança.  Não que ela seja totalmente adulta nos dias de hoje, verdade seja dita. Basta ela soltar uma risada para que a gente se esqueça de que hoje Karol tem mais de 20 anos. É que sua gargalhada tem o poder de chamar a Karol de anos atrás, a criadora de peraltices inesquecíveis. E são essas traquinagens que precisam ser eternizadas em palavras, para que nunca corram o risco de se perderem no tempo – ou na memória.

Era o aniversário da Karol, mas seu pai já tinha lhe explicado que naquele ano não haveria  festa. “Eu sei, Karol, todo ano comemoramos seu aniversário, mas é que agora não vai dar” – o pai contou à filha emburrada. Eram questões financeiras, apertos que toda família brasileira conhece de trás para frente, de cor e salteado, mas pelo jeito Karol não era família brasileira, ela era criança. E criança não compreendia muito bem essas coisas.

Naquele dia, o dia do aniversário, a mãe de Karol a buscou na escola. Mas o que a mãe da Karol não imaginava era que, ao buscar sua filha, ouviria de diversas mães de coleguinhas frases similares a essa aqui, ó:

– Estaremos lá, viu? 5 horas! Fazemos questão de cantar parabéns!

“O que é isso, Karol?” – a mãe perguntou com os olhos arregalados, o queixo caído e com uma gotinha fria de suor escorrendo pela testa.

“Meu aniversário, mãe!”

Pois a Karol não só ignorou a decisão do seu pai, como escolheu o dia, o horário e o TEMA da festa.

“Cinderela?????” – perguntou a mãe, horrorizada, enquanto a filha abria um sorrisão de fora a fora, digno da mais princesa das princesas.

E Karol teve sua festa. Não teve doce porque não deu tempo, mas teve CENÁRIO (não acreditei quando ouvi isso, santa mãe de Karol!). E teve VESTIDO DE CINDERELA! E teve salgadinho de padaria, bolo, presentes… Teve até fila de sapatinhos no corredor, enquanto a criançada, enlouquecida, corria pela casa descalça, só pensando em se divertir.

Naquele dia, Karol teve sua melhor festa de aniversário. E mesmo sem príncipe, nem nada, ela foi feliz para sempre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 ano do Luan

BRIGADEIRO

Hoje foi um dia especial, dia de batizado do Luan, filho de minha prima Nádia. Menino lindo, irmão mais novo do Mateus. Dois príncipes.

O cenário foi a capela do Condomínio Retiro das Pedras. Para quem não conhece, que pena. O local é um dos mais bonitos que já vi e que tenho em minha memória. Atrás do altar, uma parede completa de vidro, revelando o mar de montanhas das minhas Minas Gerais. É, mineiro acha que Minas é dele, que nem os filhos são nossos até que aprendam a voar.

Na festa do Luan havia um espaço para os bebês, aqueles que ainda não soltam as frases engraçadas para o Palavra de Criança. Claro que todas essas frases estão ali dentro deles, incubadinhas, só esperando alguns meses para começar a ser libertadas, pouco a pouco. Ah, as gargalhadas que elas trazem… O que seria de nós, adultos, se não fossem as nossas crianças.

Do outro lado, um espaço kids, da meninada que já produz as “pérolas” encantadas que tanto amo receber. Garotos de 5, 6, meninas de 4… Entre uma piscina de bolinha e uma cama elástica, muita energia pra gastar.

Nessa festa não pude escutar as frases engraçadas da criançada, já que estava ali, entre os tios e primos, matando saudades da família. Mas no finalzinho dela, quem diria, quem virou criança fui eu – eu e meu padrinho, na verdade – que sorrateiramente roubamos docinhos antes do parabéns, arrumando estratégias para não sermos vistos, escondendo as delícias dentro do guardanapo.

Pensando bem, a pérola de hoje foi do meu padrinho Marcilo, que já é avô, quem diria:

– Tio… Não vai ficar feio a gente fazer isso não? – perguntei.

– Uma vez é aceitável, uma segunda vez ainda dá pra levar, mas na terceira já começa a ficar horroroso… – ele respondeu, rindo baixinho, aquela risada que só quem conhece o Tio Marcilo vai saber do que estou falando. É tipo um huuuuuum… hu hu hu hu hu

E roubamos três vezes. Só pra ficar horroroso. E saímos de alma leve e feliz =)

dobraduras-de-animais12

Para quem não sabe, a ideia do Palavra de Criança surgiu de um caderninho onde eu anotava as frases engraçadinhas que a Júlia, minha filha, disparou a falar ao longo de seus primeiros anos de vida.

Eram “pérolas” tão únicas e impagáveis que senti que precisava registrá-las para a posteridade. Sabia que se eu não as anotasse, elas se perderiam no tempo, e eram demasiadamente preciosas para que eu deixasse que isso acontecesse. Por isso, surgiu o caderno. Posteriormente, o blog. E depois, o livro “Palavra de Criança”, lançado pela Editora Matrix, de S.P. Nele, fiz questão de deixar um espaço para que o leitor pudesse anotar as tiradas cômicas e inesquecíveis de sua(s) criança(s) preferida(s). Meu sonho era proporcionar uma coleção de registros de sentenças ditas pelos seres mais puros existentes nesse planeta.

Quem diria, o tempo passou. Achei que passasse só para os outros, mas o danado passou para mim também.

Júlia fez 17 anos nesse dia 4 de março. E em um determinado momento da festa, o meu padrinho, que adora fazer bichinhos de origamis para a meninada, chamou por mim disfarçadamente e perguntou: onde estão as crianças?

As crianças cresceram, padrinho. Elas são parte do que essa “meninada” é agora. Parte ativa da personalidade deles, essência da alma, raiz do que se tornaram…

Que venham muitos anos, Jujubinha! Saiba que suas palavras de criança são eternas, assim como meu amor por você 😉

 

 

 

 

 

 

 

dora

 

Maia me visitou essa semana. Chegou como quem quer continuar sonhando, o ombro da mãe era seu travesseiro. Prima querida, a mãe da Maia. Da última vez que a vi, ela ainda não era mãe. Mas era querida.

Maia chegou cismada, sem saber quem morava naquela casa estranha. Ela não sabia das histórias que sua mãe e eu vivemos na infância e na adolescência. Ela não tinha ideia de que, por maior que seja a distância, há laços fortes, nós que não desatam, e que unem a nossa família.

Maia e eu somos família, mas ela ainda não sabe. O que ela sabe é brincar, pois sua mãe a ensinou. Ela não depende da televisão ou do celular. Na sua cabecinha de menina criativa, Maia constrói castelos com as rolhas de vinho que enfeitam a jarra da sala. Sua mente voa junto ao meu mini carrossel de lata, seu sorriso aparece ao brincar com a Shanti, minha chihuahua. Os inocentes se entendem, como diz minha madrinha.

Shanti entendeu a Maia, e ganhou pão de queijo. “Pão de queijo” é para a gente, Maia. A Shanti só como ração”.

Mas tadinha da Shanti. Ela quer pão de queijo.

A mãe da Maia, minha prima querida, tomou um golinho de suco na canequinha de plástico que eu havia reservado para a minha priminha que não conhecia. A mãe então insistiu com a filhota.

– Quer suco, Maia?

– Em outro copo. Não quero “misturar bocas”.

Essa é a Maia, a menina mais parecida com a Dora Aventureira que existe nesse mundo. Maia, desejo a você uma vida de aventuras, bem misturadinha com a gente.

camaraoAh, essa Betina… Menina esperta, feliz, do alto dos seus quatro anos de idade. Esse período dos 3 aos 5 anos é, para mim, o mais rico em pérolas produzidas pelas crianças. Quando Júlia, minha filha, completou seus três aninhos, uma inspiração súbita tomou conta de mim. Era como se o universo pedisse para que eu colocasse em palavras o que eu sentia ao interagir com minha filhota. Era realmente incrível.

Na minha opinião, três anos é a idade mais fofa, deliciosa e gostosinha do universo. É quando os pimpolhos começam a soltar aquelas frases que anotamos e que nos fazem lacrimejar quando separamos um tempinho para lê-las anos depois. Seja de emoção, seja das gargalhadas mesmo. Ou das duas coisas.

Pois a mãe da Betina caprichou na refeição. Fez um prato lindo, maravilhoso, daqueles de encher os olhos, cheio dos mais belos camarões.

Pois a menina Betina olhou, olhou, e o comentário simplesmente escapoliu da sua boquinha de Menina de Quatro:

Olha! Um almoço com “piupiu” de menino! =D